"Minha nossa, é o Zé Terra minino que ainda vi do bucho da mãe nascer,
um poeta da gota, hem? É o poeTerra!"
Luiz Alberto Machado é poeta e músico
"Poetinha,
o seu blog está o máximo e os poemas também!
Viva você! "
Bj.
Maria de Lourdes Hortas é poetisa
"Poeta,
gostei muito do seu texto,
em especial por sua natureza dramática.
Há muito vigor.
Abraços.
José Manoel sobrinho é diretor de teatro
quinta-feira, 12 de março de 2009
VASTIDÃO,de José Terra
Naufrago-me no amor dos pobres de espírito
Entre o trabalhador e a romântica
a desempregada e o patrão
o cozinheiro e o cabeleireiro
a balzaquiana e a senhora
Poesia, não falo do amo-geladeira
Deixo esse tipo de amor para meus mestres se pronuciarem
Meus mestres são amantes azuis
O erotismo se enche no meu corpo
como um arrulhar de machos e fêmeas
O lirismo me agita poeta e me entrega à mulher
como um pássaro de luz
A esperança me embriaga num cálice de vinho
e dou poemas viscerais ao mundo dos pobres
Sou metade homem e metade animal
(do livro"POESIA DO MESMO SANGUE",Recife,2007,
PANAMÉRICA NORDESTAL EDITORA,
Juareiz Correya e José Terra)
Entre o trabalhador e a romântica
a desempregada e o patrão
o cozinheiro e o cabeleireiro
a balzaquiana e a senhora
Poesia, não falo do amo-geladeira
Deixo esse tipo de amor para meus mestres se pronuciarem
Meus mestres são amantes azuis
O erotismo se enche no meu corpo
como um arrulhar de machos e fêmeas
O lirismo me agita poeta e me entrega à mulher
como um pássaro de luz
A esperança me embriaga num cálice de vinho
e dou poemas viscerais ao mundo dos pobres
Sou metade homem e metade animal
(do livro"POESIA DO MESMO SANGUE",Recife,2007,
PANAMÉRICA NORDESTAL EDITORA,
Juareiz Correya e José Terra)
REFLEXÕES DE UM FALSO PIRATA, de José Terra
Da janela da minha casa
Vejo alguns barcos retornando do mar do amor
Nem a presença pura da sereia seduz os barcos
Todas as realidades definham os barcos:
os beijos judaicos
os porcos no altar dos peixes
os pescadores vestindo sálarios mínimos
as férias de Iemanjá
De repente,chega ao mar e aos barcos,
A mais triste das notícias:
-A razão é a rainha da Terra
O que deve fazer o homem quando a água chama?
Uma multidão de poetas
Fala suavemente no ouvido do mundo
-Orar sem religião e escutar a barcarola azul!
(do livro"21 poemas,Recife,2005,
Joel Marcos e José Terra)
Vejo alguns barcos retornando do mar do amor
Nem a presença pura da sereia seduz os barcos
Todas as realidades definham os barcos:
os beijos judaicos
os porcos no altar dos peixes
os pescadores vestindo sálarios mínimos
as férias de Iemanjá
De repente,chega ao mar e aos barcos,
A mais triste das notícias:
-A razão é a rainha da Terra
O que deve fazer o homem quando a água chama?
Uma multidão de poetas
Fala suavemente no ouvido do mundo
-Orar sem religião e escutar a barcarola azul!
(do livro"21 poemas,Recife,2005,
Joel Marcos e José Terra)
quarta-feira, 11 de março de 2009
DIA DO TRABALHADOR, de José Terra
É dia de persiana
Apesar do Presidente do Brasil
Viver feito pimenta,alho verde, cebola arisca
Amanhecemos com bocas celestes
Dando cambalhotas no doce algodão da terra
O vento do cajueiro
Traz nossos rostos desenhados na aurora
Porque mostramos verdadeiros olhos de garra
E o progresso das palavras cochichadas
Amamos as energias solar e eólica
Coando luz
falando árvores
Purificando riachos
Maravilhando árvores
Mapeando serras
Cantando becos,ruas,avenidas
Ciciando cidades
E passando pelo Atlântico com vidas coloridas
Mas no lado B
O trabalhador se delicia na campina deserta
Com chapéu-de-palha e uma nota falsa
Parece que o trabalhador é feito de giz
E não de sol,êxtase,poesia!!!
Onde está o coração do amor?
As melodias se confundem
E disputam o amor entre urbanos e camponeses
O Presidente do Brasil promete ao trabalhador
-Vou te refazer numa parábola escura!!!
(do livro"21 poemas,Recife,2005,
Joel Marcos e José Terra)
Apesar do Presidente do Brasil
Viver feito pimenta,alho verde, cebola arisca
Amanhecemos com bocas celestes
Dando cambalhotas no doce algodão da terra
O vento do cajueiro
Traz nossos rostos desenhados na aurora
Porque mostramos verdadeiros olhos de garra
E o progresso das palavras cochichadas
Amamos as energias solar e eólica
Coando luz
falando árvores
Purificando riachos
Maravilhando árvores
Mapeando serras
Cantando becos,ruas,avenidas
Ciciando cidades
E passando pelo Atlântico com vidas coloridas
Mas no lado B
O trabalhador se delicia na campina deserta
Com chapéu-de-palha e uma nota falsa
Parece que o trabalhador é feito de giz
E não de sol,êxtase,poesia!!!
Onde está o coração do amor?
As melodias se confundem
E disputam o amor entre urbanos e camponeses
O Presidente do Brasil promete ao trabalhador
-Vou te refazer numa parábola escura!!!
(do livro"21 poemas,Recife,2005,
Joel Marcos e José Terra)
OUTRAS ESTAÇÕES, de José Terra
I
Quando é aurora
E estás na minha cálida mão de mágico
É porque só há dois topázios no verão de Deus:
A América que sou e a África que és
II
Se a flor-do-lácio é obra do outono
E o sentimento desvairado pertence ao jovem poeta
É certeza que sou o rei do regresso
Para fazer de ti a primeira mulher de maio
III
É fácil separar-te do inverno
Basta colocar-te nas delicadezas de uma persiana
Beijar teu matinalvermelho
E roçar teu lívido corpo no campo do calor
IV
Será na fonte do lirismo
O encontro dos amantes libertados
Beijo do céu e beijo da terra
Na primavera do teu ventre e do meu peito
(do livro"POESIA DO MESMO SANGUE",Recife,2007,
PANAMÉRICA NORDESTAL EDITORA,
José Terra e Juareiz Correya)
Quando é aurora
E estás na minha cálida mão de mágico
É porque só há dois topázios no verão de Deus:
A América que sou e a África que és
II
Se a flor-do-lácio é obra do outono
E o sentimento desvairado pertence ao jovem poeta
É certeza que sou o rei do regresso
Para fazer de ti a primeira mulher de maio
III
É fácil separar-te do inverno
Basta colocar-te nas delicadezas de uma persiana
Beijar teu matinalvermelho
E roçar teu lívido corpo no campo do calor
IV
Será na fonte do lirismo
O encontro dos amantes libertados
Beijo do céu e beijo da terra
Na primavera do teu ventre e do meu peito
(do livro"POESIA DO MESMO SANGUE",Recife,2007,
PANAMÉRICA NORDESTAL EDITORA,
José Terra e Juareiz Correya)
DURA NA QUEDA, de José Terra
Ela é uma banda de rock
canta guerra
toca luz
escreve sangue
provoca baterias
reverbera guitarras
coleciona saravás
vive arisca
espera diabos
recorda Elvis
arquiteta maconha
fuma cuba
chora hippie
fala América
encontra paz
recebe glória
ouve Nordeste
cospe televisão
escarra telefone
vomita computador
calça Dylan
veste Lennon
anda verde
cheira amizades
definha Florbelas
vê poesia
embriaga ventos
endeusa sexo
ateia bordéis
rasga dinheiro
detona homens
ferve primaveras
ri encarnada
beija azul
sara solidão
toma cachaça
pega fogo
aprende palavrões
bate olímpica
rodopia multidões
tem Deus
e toda meia-noite me come com a solitária do AMOR
(do livro "21 poemas",Recife,2005,
Joel Marcos e José Terra)
canta guerra
toca luz
escreve sangue
provoca baterias
reverbera guitarras
coleciona saravás
vive arisca
espera diabos
recorda Elvis
arquiteta maconha
fuma cuba
chora hippie
fala América
encontra paz
recebe glória
ouve Nordeste
cospe televisão
escarra telefone
vomita computador
calça Dylan
veste Lennon
anda verde
cheira amizades
definha Florbelas
vê poesia
embriaga ventos
endeusa sexo
ateia bordéis
rasga dinheiro
detona homens
ferve primaveras
ri encarnada
beija azul
sara solidão
toma cachaça
pega fogo
aprende palavrões
bate olímpica
rodopia multidões
tem Deus
e toda meia-noite me come com a solitária do AMOR
(do livro "21 poemas",Recife,2005,
Joel Marcos e José Terra)
quarta-feira, 4 de março de 2009
Almas Gêmeas, de José Terra
Ao sair espiritualizada do bar
sob uma manhã de sol
e com homens trabalhando o dia
A palavra prima
Ilumina-se no tempo do girassol
o verdadeiro amor se apresenta
EMOÇÃo e RAZÃO
Assinar:
Postagens (Atom)