Naufrago-me no amor dos pobres de espírito
Entre o trabalhador e a romântica
a desempregada e o patrão
o cozinheiro e o cabeleireiro
a balzaquiana e a senhora
Poesia, não falo do amo-geladeira
Deixo esse tipo de amor para meus mestres se pronuciarem
Meus mestres são amantes azuis
O erotismo se enche no meu corpo
como um arrulhar de machos e fêmeas
O lirismo me agita poeta e me entrega à mulher
como um pássaro de luz
A esperança me embriaga num cálice de vinho
e dou poemas viscerais ao mundo dos pobres
Sou metade homem e metade animal
(do livro"POESIA DO MESMO SANGUE",Recife,2007,
PANAMÉRICA NORDESTAL EDITORA,
Juareiz Correya e José Terra)
quinta-feira, 12 de março de 2009
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2 comentários:
VASTIDÃO merece aplausos
Como qualquer poesia
Que este poeta da terra
Traz a nós a cada dia.
Caro poeta, obrigado,
Tu és poeta de um lado
Do outro lado também.
E eu, que quero ser poeta,
Tento atingir essa meta
Pra séculos sem fim... amém!
Grande abraço, poeta Zé Terra.
Felipe Júnior
Não há outra palavra: visceral. Escrito com uma respiração inquietante, com suor e o desejo de fecundar o mundo."Naufrago-me no amor dos pobres de espírito" , "O erotismo se enche no meu corpo/ como um arrulhar de machos e fêmeas". De um lirismo de ardor sanguíneo, borbulhar frevente do sangue liquidando qualquer interrupção de fluxo."O lirismo me agita poeta e me entrega à mulher/ como um pássaro de luz". Não são versos livres apenas, são versos de liberdade. Parabéns Poeta!!!
César Jeansen
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